domingo, 21 de fevereiro de 2010

Passos Coelho e Aguiar Branco para Mudar e Unir Portugal !

Não sei se é inédito na democracia portuguesa, mas o " tandem " Passos Coelho e Aguiar Branco pode ser a chave do sucesso do PSD e de Portugal.

O primeiro será carismático, como o foi Sá Carneiro e outro mais pragmático. Unidos pelo sangue e " leais " até à morte poderiam revolucionar a política portuguesa e mudar de vez a " cultura " parasita e imperialista que caracteriza os " calhordas " que se armam em chicos-espertos e julgam que ser " inteligente " é viver à custa dos outros.

Chegou a hora de " acabar " com a idiotice do seguidismo partidário e da política da terra queimada: ninguém é senhor da razão absoluta nem tampouco detentor da ciência infusa!
Em todos os partidos há homens honestos e inteligentes e esses, juntos e unidos, nunca serão bastantes para fazer frente aos " band " e " golden " boys " que passam a vida a saquear o erário público e a viver à grande e à francesa à custa do povo miserável que dizem servir!

Os salários de alguns, como se descobriu, são um atentado à decência e à dignidade de quem passou a vida a trabalhar de sol a sol para agora, às portas da velhice, se ver expoliado dos seus direitos.

Haja decoro e respeite-se a nação portuguesa no seu todo!
Espero que Passos Coelho e Aguiar Branca sejam capazes de abdicar de orgulhos trouxas e mudar realmente a " mentalidade " tacanha, mesquinha, egoísta e miserável do lusitano para que Portugal deixe de ser " definitivamente " um país adiado!

Os milhões de portugueses da diáspora, muitos deles homens e mulheres de sucesso e de reconhecido mérito " são a prova cabal de que matéria prima Portugal até tem, mas fracos vícios também!

Há que eliminar de vez e sem piedade as " atitudes " gangrenosas, porque o futuro não espera por nós e os credores também não!

Por mim, só ficarei feliz e me calarei, quando Portugal for o desígnio de nação que sempre sonhei: uma pátria de homens e de mulheres felizes e a terra de um povo próspero e orgulhoso da sua História e da sua gesta, capaz de ombrear com os mais dignos e mais corajosos e generoso bastante para continuar a ser referência de humanismo no mundo !


LMP - Luxemburgo, 21-02-2010

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Portugal e a estranha forma de ser feliz !

Desde os tempos dos descobrimentos e do Tratado de Tordesilhas, em que a Espanha e Portugal se declararam senhores de meio mundo, com a bençao do papa, que o nosso país se tornou o ântro da corrupção.

Com o império e as colónias, e tantas especiarias para satisfazer a gula e os mais diversos apetites, os portugueses rapidamente se habituaram a viver à custa dos " negros ou dos amarelos " que a santa inquisição considerava homens de segunda, por não comungarem e viverem segundo os princípios da santa madre igreja.

E à força de se casar com as " cativas " e de provarem as iguarias que elas lhes serviam em palanques ou liteiras douradas, os portugueses começaram a levar vida de macaco, porque marajás de verdade nunca foram, mesmo quando as índias eram passadas pela espada e pelos canhões dos fortes e das caravelas.

Depois, esses vícios e tiques de grandeza, foram sendo copiados e adoptados pelos " nobres " e pelos homens de armas da pátria-mãe, onde qualquer zé ninguém tinha sempre alguém para lhe dar uma carta de recomendação, quando não era uma cunha para ser ferrador - profissão que dava alvíssaras, tantas eram as cavalgaduras do reino - ou regedor da aldeia.

Assim se foi semeando e perpetuando a cultura do " chico-espertismo e do compadrio promíscuo ", com a consequente distribuição dos lugares ao sol pelos filhos e enteados dos senhores, que por sua vez criavam à sua volta um séquito submisso e fiel, quando não era de junços e de capangas, criados para todo o serviço.

Se em ditadura real ou republicana, o povo não tinha outra escolha, com a democracia parecia óbvio que tais práticas seriam banidas, porque a igualdade e liberdade seriam realmente efectivas.
Acontece que o povo nunca entendeu nem mereceu esse poder, porque nunca exerceu os seus direitos e seus deveres com responsabilidade, preferindo não se meter em coisas para as quais não estava habituado, até porque o voto sempre valeria um chouriço para acompanhar um pichorro de vinho e ter arroto de senhor.

E foi à custa desta " fraqueza " saloia que os chicos-espertos construiram a sua força. Mas enaquantos uns se vão governando e enchendo os bolsos e recheando as contas bancárias nos off-shores e nos paraisos fiscais com os devios e os saques no erário público para viverem à grande e à francesa, o povo é que se vai lixando e vendo o seu futuro cada vez mais negro.

Hoje, como há séculos, e muito por culpa dos nossos brandos costumes, Portugal, além de continuar a ser um país adiado, e apesar de ter a corda na garganta, continua a ostentar os tiques de nobre arruinado e desonrado que, sabendo-se perdido, prefere viver a crédito, porque, porco morto, cevada ao rabo e só se perde o que não se gozou !

Mas que filosofia mais meretriz e que estranha forma de ser feliz !


LMP - Luxemburgo, 19-02-+2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O Código de Honra Socialista !

Os " pais e as mães " fundadoras do socialismo luso devem estar a hivernar ou em transmigração acelerada, porque andam todos calados como ratos, só que não sei com que intenções: se par abandonar o barco arrombado ou a arranjar coragem para fazer hara-kiri político e vomitar o cartão do partido, que já devem ter mascado e engolido vezes sem conta !

E pensar que eram estas as personagens que se diziam a referência da democracia ! Quantos anos perdidos, povo meu!
De repente, lembrei-me de alguns dos sócios do engenhocas da lusilândia: o avô Soares teve ataque de Alzheimer; o pateta Alegre está de luto ou ficou empaturrado com tanto polvo mal digerido pelas narinas; o Sampaio perdeu o pio; o Guterres anda a tocar outros boys; o Almeida prefere armar em santo; o Coelhone há muito que saltou para estrada e escolheu outra via para se desenrascar; o Silva propagan,dista, com tantas manobras secretas, esqueceu-se de levar o GPS e perdeu-se no mato denso; a embaixatriz, se rápido abriu a boca, fê-lo para destilar a sua inveja e cobiçar os euros que o PM entregou e mao beijado, quando colocou de atalaia nas antenas da PT o seu mui leal e astuto Boy-friend.

Agora, descobertas as fanfarronices e as maroscas do Primeiro Mentiroso e dos boys mal junguidos, mas idolatradores ou puxadores de cera, até parece que é a lei do silêncio - a omerta mafiosa - que impera nos labirintos do partido que se armou sanguessuga-mor do reino.

Sempre ouvi dizer que " Quem cala, consente ! E quem não se sente, não é filho de boa gente ! ", mas a mim nem precisavam de me dizer nada: há 35 anos que os conheço de ginja! Esses " senhores doutores " da confraria da rosa, não são flor que se cheire!

Só de pensar que um dos " altifalantes do socialismo parasita " - que já devia ter juízo e estar a escrever as suas memórias - pretende ser o Presidente da República me deixa em ponto de bala!
Ainda bem que nunca fui prá guerra, que sei manusear arma nenhuma pistola e " adepto da violência " não sou.

Agora, Portugal inteiro sabe qual é o verdadeiro Código de Conduta e onde está a Honra do Partido que de socialista só tem o nome. Mas será que o povo invertebrado ganha coragem e se assume de vez ou prefere suicidar-se com quem lhes deu a volta aos miolos?
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LMP - Luxemburgo, 13-02-2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Libertar Portugal !

Nunca me deixei iludir por vira-casacas e por " aldrabões de feira " ou chicos-espertos, capazes de tudo e mais alguma coisa para atingir os fins e se alapar ao poder a qualquer custo, inclusivé da honra que aparentam ter !

Portugal atingiu o patamar da mediocridade e da pouca vergonha, encarnadas na perfeição e como nunca visto na democracia portuguesa, pelo regime cretino do homem que, à força de tanta promiscuidade, vai acabar só e ostracizado pelos camaradas com quem urdiu e engendrou, às escuras, na maior das safadezas e com a cumplidade de todos os lambebotas, almeidas e prostitutos do regime, as mais sórdidas maroscas.

Chegou a hora de devolver Portugal aos homens e mulheres de bem e colocar na prisão os cretinos, larápios, boçais e capangas do ditador que se julga com o rei na barriga e acima da lei e fazê-los pagar pelos seus crimes.

Hoje, face aos demandos destes anões políticos, judiciais e aos parasitas diversos, tornar-se urgente e imperioso fazer o inventário da nossa democracia. O futuro das gerações vindouras depende da coragem e da audácia dos poucos homens que rejeitam a política dos golpes baixos, do vale tudo e do facto consumado e os malabarismos lesgislativos com que os energúmenos parasitas, que se alaparam nos cadeirões do poder ou postos de chefia do estado, exorbitando as suas prerrogativas, procuram saquear o erário público e escapar à justiça.

Ou os 4 poderes do Estado estirpm esta gangrena ou encomendam o caixão e assinam a certidão de óbito de Portugal.


LMP - Luxemburgo, 12-02-2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Os Vampíros de PORTUGAL

Ao longo de quase nove séculos de História, Portugal conheceu muitos heróis, Homens que honraram e serviram a pátria mais que a própria vida, mas também teve os seus traidores.

Se alguns dos nossos egrégios avós aqui voltassem, era a espada que brandiriam até ao último fôlego para extirpar esta má raça que anda a arrastar o nome de Portugal pelo lamaçal da pouca vergonha.

É com profundo pesar e uma enorma revolta que, de longe, assisto à " felonia " e a cobardia do mundo político e tudo o à volta dele gravita e parasita.

Todos os Poderes estão manipulados e contaminados pelos vírus da concupiscência e da imoralidade porque eles se vampirizam mutuamente num exercício incestuoso da legalidade e debilidade democrática.

A podridão gangrenosa urdiu as suas teias e cravou as suas raízes de forma cínica, demagoga, hipócrita e sórdida, constituindo lobbys diversos para melhor corromper a alma dos energúmenos que se arrastam pelas catacumbas da imoralidade e da criminalidade.

Portugal não pára de se esvaziar do seu sangue, tão profundos têm sido os golpes que estes assassinos lhe têm cravado nas costas pela calada da noite.

Até quando irão os patriótas e os homens íntegros e incorruptíveis de Portugal, ficar indiferentes e pactuar com tal sacrilégio?

Há políticos e juízes - totus corrup(u)tus- que não passam de uma cambada de Almeidas e prostitutos de um regime onde a peste se tornou perfume de marca registada.



LMP - Luxemburgo, 09-02-2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O(s) Usurpador(es) do(s) Poder(es) !

Hoje, já ninguém tem a menor dúvida que Portugal está entregue à bicharada, a " animais " que rastejam pelas catacumbas da democracia invertebrada, que se tornou a nossa, muito por culpa dos " pseudo " revolucionários de Abril e dos " boçais " que se armam em políticos nos tempos que correm.

Podem os " senhores e os doutores " negar as evidências e o óbvio e " ludibriar " a verdade e enganar o povo, mas jamais as suas conciências, porque elas sabem a espécie de " hominídeos " que eles são, sem ofensa para os primatas!

Em 35 anos de " Liberdade ", já não têm conta os " casos " de corrupção e inúmeros foram os " atentados " ao Direitos Fundamentais da Democracia de Abril. Houve cumplicidades, conluio e provas de " associações " criminosas, mas justiça nunca foi feita para nenhum dos " lacaios " dos 4 Poderes!

Os portugueses nunca mereceram - porque nunca a exerceram com responsabilidade - a liberdade e a democracia de que desfrutam, porque nunca se libertaram da cultura colonial e imperialista de 5 séculos de história.

Hoje sabemos o quanto o povo-avestruz " adora sufragar os ditadores, os usurpadores e os prometedores, mesmo sabendo que as suas promessas eleitoralistas são puras mentiras e jamais serão cumpridas.

Mas se o povo até no engano é soberano, os 4 poderes já não podem fazer tudo o que lhes dá na gana e têm a obrigação de cumprir o juramento que fizeram antes de serem empossados.

Pelas faces ocultas e pelas " patranhas " que já são conhecidas e pelos contornos cínicos, ninguém mais duvida que os Poderes da República estão entregues a Usurpadores!

Hoje é evidente e óbvio até para os " cegos " que as mais altas personagens dos 4 poderes estão comprometidas e envolvidas em tráfegos de influência e representam um perigo para o Estado de Direito que se diz ser Portugal.

Dizem Direito? Por favor, não ofendam a nossa inteligência! Não é preciso ser Einstein para conhecer a " gravidade " da situação e ameaça que paira sobre a nação portuguesa!

Será que ainda haverá homens " corajosos e integros " para pegar os boys pelos cornos e parar estas vilanagens todas ou será desígnio nosso ser os porcos ou os palhaços da Europa ou a piada do meio Mundo sobre o qual imperámos?

Afinal somos reis de quê?



LMP - Luxemburgo, 08-02-2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Gritos de revolta: ecos do passado...

PORTUGAL: o país dos ANÕES!!!

LMP- Luxemburgo, Terça-feira, 22/10/2002 às 07:56

Deixei Portugal há 27 anos, depois do Verão Quente de 75, e é com mágoa que o vejo ficar cada vez mais para trás! Portugal encolhe a cada ano que passa! Portugal está a tornar-se o PAÍS DOS ANÕES! Primeiro os anões POLÍTCOS, incapazes de traçar um desígnio para o país que deu ao MUNDO NOVOS MUNDOS, tornando-se aquele Gigante, MENTOR DA GLOBALIZAÇÃO! Só que, além de anões de alma, de moralidade e altruismo, os nossos POLÍTICOS são míopes, mesquinhos e CORRUPTOS!

Depois temos os ANõES EMPRESARIAIS! A nossa cultura de empresa é nula, porque, pura e simplesmente, PORTUGAL instituiu a CULTURA DA BURRICE em todos os sectores da sociedade e POVO é o primeiro a aprovar tais comportamentos porque, desesperado, não sabe mais SONHAR! Em Portugal, tudo tem que ser imediato, fácil e gratuito: é a cultura do CHICO-ESPERTISMO quem mais ordena e mais é valorizada! Os valores morais, o mérito, a honestidade são desprezados e achincalhados, mesmo na mais alta câmara da nação: a ASSEMBLEIA DA REPUBLICA, que se tornou o NINHO DOS ANOES-MORES e mais parece Portugal dos pequeninos!!!

Por último, temos os ANOES que se prezam de o SER: AS CASTAS DOMINANTES que tudo manietam, porque no REINO DOS ANõES tem que haver ANOES que para parecerem HOMENS NORMAIS, obrigam a que lhes chamem DOUTORES!!! Que miséria, Portugal!!! O PIOR de TUDO é que eles são obviamente e sobretudo ANOES MENTAIS E MORAIS!!! Anões assim, para mim, não passam de ANIMAIS!!!

Falta de CORAGEM, DE COERENCIA, DE MORALIDADE E DE JUSTIÇA!
Portugeses deprimidos?

Por LMP - Luxemburgo, (30-10-2003 10:18)


Há muito tempo que o mundo está a caminhar para o abismo políco,económico, moral e, consequentemente, social. É que, depois daquela do muro de Berlim e da falência dos ideiais "socialistas", não há alternativas credíveis ao neo-liberalismo, que para mim, marca o triunfo do materialismo!

A sociedade precisa de moralidade, justiça e muita coragem para inverter a marcha suicidária do mundo e dos políticos ( míopes e corruptos ) que nos (des)governam. Interiormente, cada homem de boa-vontade está a tornar-se um terrorista e falta pouca para que muitos deles passem à acção! Quando o Homem não tiver mais esperança e não tiver mais razão para sonhar, a fome e sede de justiça superará tudo e manifestar-se-á violentamente.

Aos Portugueses falta coragem para ir contra a corrente podre que nos envolve, contra as promessas falaciosas e injustas que os políticos lhes vendem e eles comem passivamente, isto porque os portugueses perderam a dignidade e se tornaram passivos! Abril deu-nos a Liberdade mas destruiu parte da nossa dignidade, do nosso espírito empreendedor! Depois veio a EUROPA oferecer-nos a ilusão.

Hoje, Portugal está tramado, porque quis viver à custa de promessas ( dos outros ) e perdeu o orgulho nacional, deixou de ser coerente e realista, acomodou-se e acobardou-se perante as dificuldades, entregando o seu destino a terceiros. Eu vejo que não há moralidade e justiça activas em Portugal.

Os portugueses tornaram-se passivos e deprimidos com o remorso que carregam na alma. É que um ser pode enganar o próximo e passar aos olhos do mundo pelo que não é e não pode, mas jamais conseguirá enganar-se a si mesmo, sobretudo quando a sua consciência o recrimina dia e noite.

Chegou a hora de ousar ser diferente e de dizer não à (des)ilusão e de se tornar um cidadão activo e exigente consigo mesmo!

Quo vadis, Portugal, país de chicos-espertos e paus-mandados?

Por LMP - Luxemburgo, ( 19-12-2003 19:47 )

Felizmente que deixei Portugal em 1976, depois de ver a Liberdade usurpada por um punhado de boçais marxistas, que nunca prestaram o menor serviço ao país, excepto até ao 25 de Abril de 1974!

Depois foi o que se sabe e quase chegámos à guerra civil. A constituição portuguesa e a justiça, afinal, todos o sabemos há muito tempo apenas serve os interesses dos chicos-espertos e dos paus-mandados, geralmente bem instalados na vida e nas instituições para melhor as saquearem! Políticos corruptos e ladrões nunca sao responsabilizados e presos; os deputados passam a maior parte do tempo em folclores, viagens, quezílias e "manobras" de diversão, para enganar o povo e dar uma de trabalhadores! E agora, os juízes, depois de uns meses de silêncio e de declarações tímidas, perderam a pouca-vergonha que lhes restava e dobram-se aos interesses dos pedófilos e dos "padrinhos" que sempre os amamentaram e que lhes deram glória, poder e dinheiro, quando nao lhes serviram uns "inocentes" à sobremesa! Depois de tanta impunidade, tanta ladroagem e falta de civísmo, cada vez tenho mais nojo de ser português.

Nao me revejo mais neste povo invertebrado e indolente que vendeu a alma à europa e se prostitui diariamente a dignidade que lhe resta. E o Presidente, juiz supremo, quando fala, é para nao dizer nada e para fazer menos.

Quo vadis, Portugal? Depois espantem-se e gritem aqui d’el Rei, se um dia surgirem por aí justiceiros ou terroristas a limpar o bestunto maléfico e a podridão de certos políticos, juízes e outros corruptos.


PORTUGAL no pataMAR DA MEDIOCRIDADE!

Por LMP, Luxemburgo ( 01-10-2004 19:12 )

Deixei Portugal há quase 30 anos e foi a melhor opção que tomei, embora com muito desgosto, sobretudo porque sacrifiquei o "sonho" universitário, que tanto me custara a conseguir. Em 1976, apercebi-me que Portugal estava entregue à bicharada, e porque não quis ser bicho resolvi partir. Antes Portugal tinha orgulho, ousava, não tinha medo de fracassar.
Sempre que caía, levantava-se, encarava as dificuldades e vencia.
A coragem, protegia os audazes!
Hoje em Portugal instalou-se o chico-espertismo, a imoralidade, a corrupção e a mediocridade. Destrói-se quem ousa e vence, dá-se valor ao que não presta, premeia-se o crime e os "ladrões" vivem impunemente à custa dos "idiotas", poucos, que preferem continuar humildes, mas honestos. Assim, se limpeza não for feita e urgentemente, Portugal está condenado a ser o " mais africano" dos países da europa, o "nobre" arruinado e desonrado que vive de esmolas europeias.

É penoso dizê-lo mas Portugal anda a "prostituir" o seu passado e a memória daqueles que da lei da morte o foram libertando.

Portugal, antes era um sonho, agora tornou-se um pesadêlo para milhões de lusitanos que não mereciam um país assim! Mas também é verdade que cada povo só tem o país e os governantes que merece ou quer e parece-me que é isto que os portugueses querem! " Quem acompanha ou encobre um ladrão ou um corrupto é tão ladrão e corrupto como ele.
E tão ladrão é que o que vai à horta, como o que fica à porta e em Portugal são os políticos e os "senhores" que se fartam que remecher o quintal, com o povo a ver. Mas que cambada de invertebrados, os portugueses de hoje!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Criminosos !

As mais recentes revelações " da face oculta " são a prova cabal de que tudo vai muito mal no reino de Portugal.

Magistrados que deviam estar acima das querelas ou das intrigas partidárias e deveriam ser o garante da legalidade democrática, esqueceram os mais elementares princípios de idoneidade e de honestidade para encobrir " amigos " ou protectores políticos da forma mais ignominiosa e descarada, num desafio à racionalidade do mais humilde dos cidadãos.

A mim nunca me enganarem eles, estes e os outros que nunca souberam educar este povo ingénuo e pateta, que sempre rastejou para viver de favores e de maroscas.

Afinal, para que servem PMs, STJs, PGRs, PRs e os deputados da Assembleia desta República pútrida e descreditada por eleitos tão boçais que sempre viveram à custa dela, a violaram como a mais reles das meretrizes, e, satisfeitos os seus mais depravados instintos animalescos, se preparam para lhe dar o golpe de misericórdia e a deixar nua, esquartejada e agonizante à beira-mar, porque a maré cheia se encarregará de a levar para o abismo, onde os seus restos serão descarnados pela " arraia " esfomeada.

O crime perfeito!

A cada dia que passa, e isto desde o primeiro de Maio de 1974, me convenço mais que tive razão ao abandonar esse covil de ladrões, oportunistas e criminosos que se tornou Portugal.

O país da ínclita geração merecia mais respeito!

Infelizmente, a política portuguesa é a manjedoura de autênticos labregos que se servem da " legalidade " democrática, da impunidade parlamentar e da cumplicidade de juízes promiscuos e corruptos para urdir as mais aberrantes e degradantes conspiraçõe e os mais sórdidos atentados ao Estado de Direito.

Quo vadis, Portugal?


LMP - Luxemburgo, 06-02-2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

(Des)Governados por travestis !

Portugal tornou-se o país da pouca vergonha! O partido do PM não passa de um bando de fantoches e marionetas que andam a brincar aos democratas, dizendo " amém " ao grande chefão, o mesmo que lhes prometeu mundos e fundos, sabe-se lá donde, quando se assumiu como o lider máximo da confraria dos cínicos, hipócritas, corruptos, parasitas e travesttis.

Mas que espetáculo mais degragante para a nação que deu ao Mundo outros mundos!
Cambada de parasitas e de moinantes, filósofos saloios armados em chicos-espertos e latados de primeiro grau.

Não sei como podem, os Homens públicos de Portugal, vergar-se a caprichos tão obscenos de um PM que julga que tem o rei na barriga!

Até quando vai o PR tolerar tai comportamentos e suportar as patranhas destes mentecaptos que se armam em heróis e se vangloriam das suas maroscas diante dos seus correlegionários e se fazem de vítimas quando alguém todas as letras aquilo que eles são realmente: um bando de larápios, mafiosos e cínicos demagogos !

Até quando suportará a consciência popular tais encenações e aplaudirá tais palhadas!
Cuidado, que a coisa está a ficar preta e a panela de pressão pode ficar sem válvula e fazer explodir a " sacrossanta união nacional ", tão infame se tornou esta cínica cumplicidade !

Diz-me com quem andas e eu dir-te-ei quem és!
Pronto, povo invertebrado, continua a rastejar aos pés do " reizinho " a quem tudo toleras!

Tende vergonha na cara, cambada de travestis !


LMP - Luxemburgo, 05-02-2010

Aqui jaz Portugal !

Sou emigrante por opção e coragem. Em finais de 1975, depois do Verão mais tórrido da, então, balbuciante democracia portuguesa, em plena confusão revolucionária, e porque não podia mudar o meu país, mais que temer pela própria vida ameaçada pelos camaradas, decidi partir.

Desde pequenino que alimentei o sonho de ser " advogado " para fazer justiça e meter na prisão os larápios que se aproveitaram da ingenuidade do meu pai e, inventando faturas falsas, o levaram à falência.

Em 1974, com o diploma do Curso Complementar dos Licéus, média 16, pensei que não haveriam mais precalços e os 5 anos em Coimbra passariam depressa. Aos 12 anos, depois de uma doença, que me pregou 3 meses ao leito e da qual escapei graças a uma jovem médica que se lembrou de me fazer uma análise sanguínea, prometera ao meu pai que não voltaria a " chumbar " e, feito o dificílimo 5º ano dos liceus, nunca mais duvidei de mim.

Político até à raiz da minha alma, impulsivo, impaciente, intransigente e incorruptível, sempre fui muito virulento na defesa dos meus ideais, porque traições ou cobardias para mim eram fraquezas imperdoáveis.
Autoconfiante, sabia que viera ao mundo para vencer e ser alguém!

Naqueles dois anos de sessões de esclarecimento e de comícios, percebi que estava perante um povo invertebrado e cobarde. Criaturas que só sabiam murmurar " Deus nos livre do comunismo," mas que ficavam de braços cruzados à espera que alguém desse a vida por eles.
Uma cambada de parasitas cheios de manias de grandezas, cada um à sua escala e no seu sítio, era o que mais se via.

Dois anos antes, em 1972, asssitira à passagem de Marcelo pela Levandeira, vindo de Murça, rumo a Vila Real, num périplo pelo país esquecido e deu-me a sensação que o povo estava com ele.

Tímido, sempre fui muito introvertido, mas sagaz na observação da alma humana e das suas ressonâncias. Isso aprendi-o em nove anos de seminário.

Com a revolução de Abril pensei que tudo fosse diferente, mas no dia 1º de Maio de 1974, apenas oito dias depois do golpe de Estado, percorrendo as ruas de Lisboa, onde me dirigi, do Cais do Sodré até à avenida Almirante Reis, na mega manisfestação da Liberdade com cheiro a cravo, olhando aquele mar de gente, percebi que os ideiais Abril murchariam rápido, porque soavam falso.

Aos poucos, vi os valores do respeito, da solidariedade e da dignidade serem sacrificados às vãs filosofias e demagogias, que políticos de meia tigela ia espalhando pelos quatro cantos de Portugal.
Os mentores de Abril inocularam na mente popular ideologias falidas e foi aí que Portugal começou a ser contaminado por vícios perversos que, face à democracia imberbe e manietada, não pararam de proliferar.

Hoje, Portugal é um país desacreditado, desonrado e desmoralizado.

A coragem e o altruismo, que faziam de nós uma nação valente e orgulhosa, foi-se metamorfoseando em cobardia e egoismo vil que, - políticos depravados, como alguns dos que temos vindo a eleger ao longo de 35 anos, - conseguiram branquear e vender ao povo ingénuo como uma virtude tão digna como as que os nossos egrégios avós realmente prezaram e defenderam com a própria vida.

Perante tamanha irresponsabilidade colectiva e filhos tão desnaturados, torna-se legítimo perguntar, se ainda vale a pena lutar por Portugal assim ou se não seria mais lógico que em cada aldeia da lusitânia se escreve uma lápide de granito ou de mármore com o epitáfio " aqui jaz Portugal " para que a barbárie do ajuste contas pudesse começar!

E é isso que acontecerá, se Portugal morrer ingloriosamente, iludido, traido e apunhalado pelos " mandões e chefões " tão fraca raça!



LMP - Luxemburgo, 16-04-2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Os injustiçados de GutAzar !

Lisboa, segunda-feira, 15 de Setembro de 2003


Capítulo I:
Sinais


Nesta manhã de Outono, a capital da Lusilândia parecia uma cidade fantasma, abandonada no meio do deserto, depois de uma explosão nuclear: as ruas permaneciam mudas e abstractas, mas os transeuntes caminhavam desfigurados; os cafés abriam para cumprir um ritual, porque só as moscas ousavam aí entrar; o comboio das oito ficou paralisado no meio do tabuleiro da Ponte, impondo aos operários da margem sul umas horas de repouso absoluto; os passageiros dos cacilheiros encalhados em pleno Tejo permaneciam estoicamente de pé, abúlicos, a mirar resignadamente para o mar alto, à espera que alguém os viesse rebocar e quando, assustadas por um trovão caído do infinito, as gaivotas emudeceram o seu lamurioso pipilar, os rádios de bolso deixaram de funcionar e pelo ar ecoou um grito tão lancinante que toda a gente pensou que viesse dele próprio, tamanha era a raiva interior. De repente, um raio tenebroso irrompeu estrondosamente do fundo do mar e, rodopiando vertiginosamente em redor do Cristo-Rei Almada, abateu-se sobre ele, quebrando-lhe os braços em mil pedaços, como predissera o cavaleiro negro.
— Adeus, mãe! Adeus, pai! Adeus, amor! Adeus, filho! Adeus, Maria! Adeus, Zé! Adeus, mundo cruel! — gritavam freneticamente as dezenas de vultos que, despenhando-se desesperadamente do alto da quadragenária Ponte Salazar, usurpada ao professor e rebaptizada 25 de Abril pelos heréticos adeptos da ditadura do proletariado, trinta anos antes, iam mergulhando e fazendo do rio a última morada.
— Ai Jesus, é o fim do mundo! — exclamou uma velhota que sofria das cataratas, cruzando as mãos e erguendo os olhos ao céu.
— Hoje, morremos todos! — berrou o mestre da lancha, agarrando-se à barra.
— Salvai a meu gatinho, meu Deus! — implorou uma criança.
— Porque temeis, homens de pouca Fé? — perguntou uma voz límpida, ecoando dos confins do Infinito.
— Ele bem que nos avisou! — recordou um garoto de olhos esbugalhados.
— Será mesmo verdade que as almas do outro mundo virão vingar-se do mal que lhes fizemos durante estes anos todos? — volveu uma senhora idosa, franzindo a testa duvidosa e abjurando satanás com uma cruz feita à pressa..
— Graças a Deus, a luz voltou! O motor já funciona! Oh! O barco pôs-se a andar sozinho! — constatou incrédulo o homem do leme.
— Olhai lá para cima! Oh! O combóio já se foi! — adiantou um garoto, apontando admirado para o tabuleiro da Ponte.
Inundados subitamente por um clarão reluzente, que quase os cegou, os passageiros deitaram instintivamente as mãos aos olhos para protegerem as retinas e calaram-se, deixando-se guiar pelo vulto branco que segurava o leme da lancha. Atracando no lugar que lhe estava reservado no cais, o navio imobilizou-se e as pessoas, seguindo cada uma para o seu laborioso destino, dispersaram-se pelas ruas da cidade, como se nada tivesse acontecido. Porém; mirando distraidamente as bancas e os quiosques, foram descobrindo os seus retratos nas primeiras páginas dos jornais. E em cada imagem reluzia enigmaticamente uma palavra mais cintilantes que as estrelas do céu ou as fascinantes luzes de néon que inundam Pigalle em Paris, onde tudo se vende sem nexo e cheira a sexo.
Perplexos, alguns pararam para comprar o jornal, mas a legenda desapareceu, deixando sangue no seu lugar; outros, tentando fugir, sentiram uma ventania tão forte que os fez parar e colar à calçada, enquanto as folhas do jornal se lhes cravavam nas costas, nas pernas e no rosto, obrigando-os a estancar a cobarde debandada e a confessar o crime que vinha escarrapachado na fotografia de cada um deles, como se ninguém se pudesse furtar ao julgamento divino. Um quarentão ainda quis fugir, mas foi esmagado por um camião; uma batina negra também tentou escapar-se à vindicta divina, mas em vão: caiu fulminada dentro do caixão. E uma vozearia infernal eclodiu pela cidade, como jurado pelo Artur, o menino vindo do passado, para quem o futuro não era segredo, porque para ele, coração puro e inocente, nunca existira a palavra medo e o tempo sempre fora um eterno presente. E a normalidade só voltou, quando as bancas e os quiosques, esvaziadas dos últimos jornais, viram um silêncio sagrado lacrar as gargantas por onde ecoavam os gritos, os suspiros e os ais. E nunca as sete colinas de Lisboa pareceram tanto um monte de vendavais! Nem mesmo quando os arautos da santa inquisição puseram a Madragoa e a Mouraria a fogo e sangue, nem tampouco naqueles desolados dias em que Portugal, julgando-se Rei e Senhor do Mundo, por obra dos seus audazes marinheiros saloios, transmontanos ou raianos, que, mesmo não sabendo navegar, ousaram afrontar o Adamastor em alto mar, se apercebeu dos injustiçados da Gesta Marítima e fundou as Misericórdias para esconder o Reino da miséria.
Ao meio-dia, nos restaurantes e nos snacks, as pessoas encomendavam de que matar a fome, pagavam e sentavam-se, mas limitavam-se a contemplar a refeição como se ela estivesse envenenada ou a fome tivesse sumido das suas panças empanturradas. E, erguendo-se apáticas, iam deitar a comida intacta no lixo, sem protestar e felizes, como se olhar para ela bastasse para lhes satisfazer a necessidade. Quem se revoltou contra esta ditadura intestina e quis comer, ignorando e desprezando a voz da sua consciência, passou o dia a engolir e a mastigar desesperadamente tudo o que havia sido atirado ao caixote e, inexplicavelmente, quanto mais comia, maior era o larote que sentia!
Depois, na hora do regresso a casa, quem ousou mudar de direcção viu-se brutalmente manietado por braços invisíveis e forçado a cumprir religiosamente o trajecto rotineiro, embarcando no mesmo maldito cacilheiro onde viajara pela manhã. Foi então que, abstraindo-se por um ápice à realidade virtual em que vivia, o povo se apercebeu que, comprado pelo dinheiro, há muito que perdera a Liberdade! E cada rosto desfigurado, corando de vergonha, quis esconder os remorsos e agarrar a sua máscara com ambas as mãos, mas ela caiu-lhes ensanguentada aos pés, fulminando a terra, a madeira ou mesmo o ferro que lhes servia de chão. É que, à força de a rejeitar e a desprezar com a abstenção, os cidadãos haviam-na renegado do coração, substituindo-a pela ditadura cor-de-rosa, que, tal vampiro insaciável, acabara por lhes petrificar a alma piedosa que era a deles, antes de sucumbir à lengalenga do Pantomineiro e ao deus Dinheiro.
À noite, ligando a televisão para assistir a " O ORGULHO DA NAÇÃO ", a novela que a televisão SPQFR — Só Para Quem For Rosa — servia incansavelmente aos boys e call-girls do regime, cada renegado viu escarrapachado à sua frente o filme daquele maldito dia e, querendo mudar de canal para ver outra coisa, foi descobrindo estupefacto as histórias do pai, do irmão, do colega de trabalho ou do vizinho, até que, cansado de tanto carregar no telecomando, parou e viu o vidro do ecrã derreter-se e escorrer pelo sobrado, emanando uma pestilência insuportável se espalhou pela casa, forçando-o a correr para a janela. E até ao romper da aurora, as persianas da cidade não se cansaram de subir e descer, num rangido demencial que sugeriu a cada um os gritos desesperados de quem, passado o Julgamento Final, sentia o demónio arrastá-lo para a incandescente fornalha Infernal.
Deste incidente, porém, nada foi noticiado, como se de um quimérico sigilo ou de um segredo de Estado se tratasse. Nem jornais, nem rádio, nem televisão, nem ninguém ousou contar ou comentar o sucedido, por só a cada um dizer respeito. É que a lei do silêncio, tão em voga no tempo do ditador Salerres, há muito que imperava nos súbditos de sua majestade Gutazar, que à força de uma refinada léria e muita água benta, que era coisa que não faltava, sobretudo depois que um messiânico arauto do senhor Jabá recebera inopinadamente no seu confessionário a visita do espírito Santo de Orelha, que o aconselhara a benzer a reserva do Alqueva, donde saíam diariamente dezenas de tanques do sagrado líquido para acudir às desgraças que os soldados do rei iam semeando impunemente por toda a parte, porque era esse o verdadeiro engenho deles e a sua única arte!
No longínquo 1 de Abril de 1999, um ingénuo filho da diáspora, emigrado no Burgulândia, para esconjurar a fatídico sonho da véspera, bem que avisara o mundo do perigoso vírus rosae que, se a abstenção ajudasse, em 13 de Junho inocularia na democracia a ADN da Ditadura que eclodiria inevitavelmente em 10 de Outubro, graças à indiferença dos emigrantes, a quem as balelas do secretário Morgado deram volta à mioleira, sob o beneplácito da T.L.I — Télélusilândia Internacional. E a maioria absoluta, tão desejada pela corja execrável dos cancros da nação, a quem o engenhocas da carnificina oriental dera a mão, pelo menos, quedou-se cinicamente na relatividade para que a ditadura continuasse a lapidar a pátria com toda a legitimidade e na mais perfeita impunidade. Depois, em Setembro do mesmo ano, quando a incúria d’El Gutazar, o homem que tudo fazia, mas devagar, devagarinho, quase acabou com a raça Mauberorum Lorosae, fazendo surgir naquela cristianíssima terra o espectro da desolação final, o Luís Ninguém transformou a sua pena num alfange insaciável, combatendo os assassinos de Alá e os seus aliados de circunstância, mas as suas palavras e os seus gritos desesperados caíram em saco roto, porque naqueles dias a Lusilândia, manipulada pelos mentores do dictat cor-de-rosa, andava totalmente obcecada por Timor e de nada valia invectivar ou responsabilizar a classe política, e muito menos o Primeiro, homem de palavras muitas e sábias, mas obras poucas e loucas, a quem o povo néscio queria como deus, porque dele dependia o job dos filhos ou de enteados seus. E sinistro era a palavra que melhor rimava com ministro, in illo tempore!
Ah! Que raiva! Que dor! E que sede de justiça que em mim se atiça e me faz odiar a sacrossanta impunidade que fez do meu país o Anticristo da Liberdade!!!
Hoje, quatro anos passados, Gutazar, o linguareiro, mudara de nome para fugir à ira divina, que o confundia com Euricus, Inndonésius Sicárius, apesar das fervorosas preces do seu acólito messiânico, que no Paraíso não cessava de interceder pelo seu protector terreno, implorando ao Omnipotente que olhasse e julgasse apenas o que disse e não que o fez, porque, se as coisas correram mal, ao demónio se deviam tais infortúnios. Porém Deus, farto de escutar mentiras e falsidades, apontou para o Inferno e mostrou-lhe como estava a abarrotar de boas intenções. Desolado, o arauto messiânico voltou à Terra para absolver o seu benfeitor de tais pecados, mas já se ouvia no Céu um coro de injustiçados.
Entretanto, os anos passavam e a Lusilândia continuava a ser o país adiado de sempre. Órfão do fado, o povo virara-se para o futebol e lá ia sonhando com as tão famigeradas faixas de campeão europeu, que era a única coisa que podia fazer, porque a terra de Viriatorix, sob a manápula e a alçada dos Bananas, uma raça desalmada, totalmente alienada a Gutazar, estava entregue à bicharada.
E como metia dó ver o país dos eméritos marinheiros quinhentistas navegar à vista e a sobrevier à custa da injecções das lecas europeias. Por onde andarás, ó razão, que ninguém te quer ver? E a inércia ia se estendendo aos mais recônditos ermos do país e paralisando a nação que dera ao mundo a Ínclita Geração.
Nos hospitais, a saúde estava doente, porque os genéricos haviam sido traficados pelo lobo farmacêutico global que, aproveitando-se da impunidade que lhe fora concedida por um acólito de Gutazar, ia despachando para a Lusilândia os remédios inválidos, contaminando-se assim o povo, para que ele morresse de morte natural antes do tempo, para que as promessas do aumento de pensões ficassem saldadas e tais remessas pudessem ser desviadas para os invioláveis cofres suíços dos protegidos do regime.
Nas escolas, ninguém aprendia e muito menos respeitava alguém, porque os canudos, de tão desvalorizados que estavam, só serviam para acender as priscas de haxixe que os filhos dos Faustos Bananas atiravam à cara dos idiotas que haviam recusado vender a alma ao diabo! Perdão, ao Supremo Comandante Gutazar, o Homem a quem Deus incumbira de implantar a Igualdade na Terra. E para dar lições de moral ao Mundo, um Ministério fora criado na Lusilândia.
Nos pousios bravos, crescia a liamba, porque, previdente, Gutazar sabia que a mama da Senhora Europa, de tanto ser chupada, iria secar e, sem tal maná providencial, lhe faltaria o soldo para pagar os devotos correligionários, a quem tudo devia e que por um Duradouro o trocariam à menor ocasião.
Nos bancos, que também haviam caído no goto das facilidades e recorrido aos créditos alheios para satisfazer as manias e as vaidades da patuleia do regime, os empregados passavam as horas a branquear e falsificar Euros, que se tornara moeda corrente, para manter o país na moda por mais um mês, pelo menos, porque a maioria, farta de sustentar a minoria com as migalhas da subsistência, queria fazer do absolutismo, que trazia no coração, uma realidade inegociável, para por em marcha a solução final. É que, à força de tantas promessas e água benta, muito poucos eram os lusitanos que ainda resistiam às benesses envenenadas do Ministro Ateu, que, encapotado na pele do perfeito filho de deus, ia levando a água ao seu moinho para melhor triturar quem, mais não tendo, se negava a vender a alma por tuta-e-meia e aceitar de peito aberto a clonagem cor-de-rosa, unanimemente apregoada no hemiciclo pela maioria relativa, absolutamente vendida à tese do pensamento único que, segundo os profetas Gutzarianos, devia haver na Terra e nos Céus, para que todos, embora uns mais que outros, porque da primeira ou da última hora, fossem verdadeiramente filhos de Deus, como o eram certamente o Primeiro Ministro e o Presidente.
Nas igrejas, os abades, que haviam entornado a devoção e eram os mais fiéis e dedicados agentes do senhor Gutazar, por obra Santo espirito do Orelha, que, graças a uma ideia faraónica, lhes arranjara também uma providencial renda mínima garantida, passaram a incluir metodicamente nas suas preces dominicais uma oração especial a favor do benigno, generoso e magnânimo benfeitor da cristandade. E, aproveitando a ligeireza penitente, o pecado arrancou a pele à virtude e, vestindo-a, passou a ostentá-la orgulhosamente por toda a parte.
Avassalados por tanta prepotência e tamanha falsidade, os incorruptíveis começaram a fomentar a revolta, mas ninguém lhes deu ouvidos. Foi então que, desesperados, se viraram para o céu e imploraram a ajuda dos antepassados, como eles injustiçados ou ignominiosamente espoliados por Salerres, primeiro, e, agora, por Gutazar. E um coro de vozes, saltando furiosamente lá dos confins das masmorras do infinito esquecimento, se levantou para que justiça fosse feita a vivos e a mortos. E Lúcius, gladiador apocalíptico, e um dos milhares de espoliados de Abril, ouvindo falar de Artur, o menino prodígio, largou tudo, pai, mãe, mulher e filhos, para dar voz aos fantasmas sussurrantes e aos zés Ninguém seus irmãos que no far-west da Lusilândia sofriam simultaneamente as sevícias dos cow-boys Bananas e dos índios afectos a El Gutazar, o mais nobre sequaz de Salerres de má memória, a quem os sovietes de Abril quiseram riscar da história.

Terça-feira, 16 de Setembro, o país acordou indolente e triste, como a chuva que não parava de cair miúda, miudinha como as gotas invisíveis de um orvalho vítreo escorregadio. Os sinais da véspera haviam sacudido e flagelado os corações empedernidos e o corpo, envergonhado e espicaçado pela vozearia infernal que irrompia da consciência martirizada e fazia tremer os seus peitos arquejantes até à espinal medula, não ousava deixar o leito e afrontar a ira divina. E o absenteísmo quase atingiu os noventa porcento. Apenas as repartições púbicas controladas pelos filhos da sacrossanta mater Rosa abriram as portas, mas como ao fim de uma hora ninguém aí entrasse, os funcionários pensaram que a divina providência insuflara, durante a noite, ao Mui Digníssimo, Magnânimo e Excelentíssimo Senhor Gutazar mais uma benesse para exorcizar a prece das rosinhas frustradas por tanta ociosidade, mas que este, de tão atarefado que andava, nem tivera tempo de os avisar de se outorgarem mais um dia feriado e se porem a andar, porque o povo caturra teria todo o tempo de lá voltar e as mãos lhes untar. Mais, tantas vezes os incorruptos aí entrariam e tantas achegas levariam pela cabeça abaixo que um dia acabariam por abrir os olhos e aderir como toda a gente ao partido da rosa. Os chefes, esses, ou aceitavam um cheque comunitário ou iam contribuir para o novo paraíso latifundiário dos camaradas alentejanos, desbravando montes e vales por um naco de broa e chorando tantas lágrimas de desespero que até o Alqueva, conhecendo uma inopinada e transcendental maré cheia, alagaria as terras da moirama até às falésias do Algarve, acabando de vez com a infiel raça dos renegados vermelhos, antes de se atacar aos irredutíveis do norte, para quem o seu espírito maligno reservava pior sorte: uma muralha mais alta que a da China, para começar, e uma acidental explosão nuclear para acabar de vez com os insubmissos inimigos do Senhor Gutazar! É que Timor ensinara ao maquiavélico condutor que o amor do povo ia para quem mais horror criava à sua volta e para quem, sendo cristão, punha o diabo à solta. Agora, que o Poder lhe devorava a Razão, só lhe restava fomentar uma desgraça nas províncias rebeldes e provocar um genocídio regional para ser consagrado herói da Lusilândia e declarado ad vitam eternam pai da Nação.
A ver pelas sondagens estatais, não era outra coisa que o povo submisso esperava. De Norte a Sul, enquanto os Comandos de Gutazar iam semeando a discórdia e aterrorizando os idiotas do regime, as Confederações e as Ligas da Rosa acirravam a cabeça à população que lhes era afecta, extrapolando tais exacções e apelando à Sacrossanta União Nacional em torno do Prodigioso Líder, pai da prosperidade e Digníssimo Herdeiro do Espírito da Ínclita Geração, que, em menos de uma década, restaurara a imagem e fizera da Lusilândia o país encantado que todos os cidadãos do Mundo e do Infinito queriam ter como a Ditosa Pátria Mãe, mas a quem só a alma da mais pura Rosa se podia orgulhar de pisar eternamente, comungando da paradisíacas delícias de tão Nobre Raça.
Era pois este o teor dos predicados estampados na imprensa e difundidos pelas ondas hertzianas neste primeiro dia de Campanha Eleitoral. À noite, quando todos os calorosos lares da mirífica Lusitânia vissem o debate promovida pela SPQFR — a televisão da rosae veritas — a adrenalina dos seus corações infinitamente gratos só poderia exultar de alegria e tomar a única decisão que se impunha: exigir o extermínio imediato dos rebeldes e consagrar o poder vitalício do Previdente e Generoso Pai da Nação, El Más Grande Comandante, Gutazar I, Rei da Lusilândia, do Algarve, dos Açores e d’Aquém Mar em Terra e d’Além Deserto Lunar, para onde costumava viajar quando a oposição ousava contradizer a sua Sapientíssima e Omnipotentíssima verdade, sobretudo depois que aceitara ser Regente da Confraria Internacional da Rosa e Protector de Timor, lá no oriente, bem perto do sol nascente, onde a gente ainda era gente, em tudo diferente, mesmo na simplicidade e no exercício da Liberdade, como do perdão. Aqui, o povo sendeiro só se rendia ao deus Dinheiro!
A oposição só fingia que era para Europeu ver e diante da televisão, porque, no segredo da mais incógnita privacidade, passava os dias a contar as migalhas e as noites a pactuar com os emissários do 3-G, como carinhosamente lhe chamavam, em vez de pôr o dedo de uma Kalachnikov ou mesmo de uma velha G-3 e lutar até à morte, para merecerem, como os seus antepassados sacrificados e injustiçados a vida eterna, aquele que se ganha no Céu, perdendo-a na Terra, a que se conquista, oferecendo-a. A sua desdita começou no dia em que, pensando servir Timor, omitiram a verdade e recusaram pedir justiça. Poucos foram, aliás, naqueles tristes e conturbados dias, os que ousaram desafiar a sacrossanta unanimidade e pediram ao Promessas que tivesse um pouco de pudor e se fosse embora para não regar a Maioria Absoluta com o sangue do povo Maubere, mas o vírus da demoníaca vaidade e, quiçá, uma alcateia esfomeada obrigaram-no a trilhar a ignominiosa estrada da mentira e do perjúrio. E, tal Nero esquizofrénico a contemplar Roma incendiada, El Gutazar conduziu os inocentes ao Gólgotha de Liquiçá, Díli, Bacau, Bonbonaro, oferecendo-os ingenuamente em sacrifício à demência das milícias muçulmanas. Na realidade, os cálculos eleitoralistas cegaram-no de tal modo que a sua demoníaca vaidade plantou o Inferno onde a hipócrita inocência, obstruindo-lhe o juízo, quis semear o Paraíso. Depois, é verdade, chorou lágrimas de crocodilo e, invocando o Santo Nome de Timor em vão, manietou de tal maneira a oposição que ninguém mais ousou clamar justiça. E o povo ateu, pensando apenas nas lecas da União Europeia, não só o absolveu de todos os seus pecados, como lhe exigiu que levasse por diante os mirabolantes desígnios hegemónicos, já que o Duradouro, afilhado de um Pau, não tinha nem cara de Santo nem mão de gigante para distribuir as prometidas benesses pela maralha. Não admira pois que a súcia de acólitos, meia dúzia e canalha, depois de um passeio com mil promessas e juras de fidelidade pelo país acima, o traíssem mesmo à boca das urnas e o atirassem abaixo no dia da Verdade, rendendo-se e engrossando, de facto, à sondagem da tão desejada maioria absoluta, para participar no banquete e beneficiar da miragem que lhes anunciavam os estrategos de sua majestade Gutazar, o Primeiro Magnífico! E, consumada a felonia, lá voltaram ao redil do mártir Carneiro, para prosseguir a pérfida e ignominiosa traição, como os mais perfeitos, inocentes, insuspeitos e fidedignos Cavaleiros da Ordem da Rosa, traindo ignominiosamente quem lhes dera o ser e quem, outrora, os içara aos píncaros do poder. É que, na hora de agarrar o combóio, nunca se pensa se ele descarrila pelo caminho!
O primeiro grande debate da campanha eleitoral não trazia, pois, nada de novo. A indiferença geral era a prova mais cabal que algo ia muito mal no reino do Senhor Gutazar, mais virado para o socialismo global que para sua Lusilândia natal. Os líderes da Oposição, que só faziam que eram, e diante dos seus mais acérrimos perseguidores, há muito que haviam vendido a consciência à opulência sem a menor relutância, sucumbindo, como os rosinhas, à mais aviltante ganância.
Entretanto, nos mais recônditos ermos da heróica Lusilândia, muitos eram os que, nada mais possuindo, começavam a recusar o rendimento mínimo garantido, a fazer greve de fome e a interpelar os arautos sagrados à porta das igrejas, areópago do pensamento único, no despertar deste terceiro milénio, depois de o ser de Deus nos dois primeiros. Decididos a tudo, mesmo a pagar com a própria morte, muito mais digna que a vida escrava e sem sentido que eram obrigados a levar, os Infiéis, como lhe chamavam os superkids, os cow-boys, os yes-men, as call-girls e as Czarianas, as amas que El Comandante possuía por tudo quanto era ministério, a começar pelo da Igualdade, onde abundavam as amazonas e as boazonas, apelidos com que se diferenciavam as feministas, amadoras ou bem operacionais, segundo o número de zonas percorridas e o teor dos serviços prestados pelas mulheres que se destinavam a humanizar a vida e o erário públicos, porque era ponto de honra no reino pagar generosamente todos os favores que se fizessem de dia ou de noite, às escuras e às claras, mesmo aqueles que só prazer ofereciam a quem os dava.

...inciado em 2003 e publicado aqui, neste dia 03-02-2010!
Quase 7 anos depois, tudo piorou...

LMP - Luxemburgo, 03-02-2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O ditador cor-de-rosa.

Depois da imprensa cor-de-rosa, Portugal, para fugir à relidade negra em que vive e esquecer a morte lenta que o espera, descobriu e apadrinhou um ditador oriundo da casta dos pink boys de quem o partido socialista tanto se orgulha e reclama a paternidade.

Que a Índia tivesse as suas vacas sagradas, fazia-me confusão, mas não me dizia respeito e era uma questão de civilização, o que eu não tolero é que o meu país, que levou quase cinco décadas para se livrar da ditadura, e que, para fazer figura de " pavão " democrático entregou o Império de mão beijada, abandonando os " colonos " à sua sorte, aceite sem tugir nem mugir as birras e as manias de um ditadorzeco de meia tigela.

Quem tinha dúvidas de tais propensões totalitárias do " pai " do casamento homossexual e o defendeu no caso do jornal da TVI, será muito ingénuo e permissivo, pois o " timoneiro " cor-de-rosa voltou a encrespar-se com os jornalistas, atacando agora o melhor jornalista da SIC, a quem ameaçou com o manicómio.

Com tantos ataques compulsivos e as patranhas que se lhe conhecessem, era na prisão que o engenheireco devia estar, de preferência entre criminosos bem musculosos e com aversão aos maricas.


LMP - Luxemburgo, 02-02-2010