Hoje, Mafra será o convénio dos " reaccionários " pêpêdistas de Abril, que um intrépido advogado da cidade invicta em Maio de 1974 congregou para afrontar os lacaios e cipaios da ditadura do proletariado.
Ser PPD em Maio de 1974 era, para a nubelosa marxista-lenista que gravitava em torno dos capitães vermelhuscos, uma traição à democracia dos cravos e dos punhos cerrados com que os arautos da foice do martelo exprimiam violentamente a sua convicção para mostrarem ao mundo que eram os donos da razão.
Demagogia e cinismo puro, porque, no fundo, a nomenklatura vermelha sabia que tinha os dias contados, como se viu 15 anos depois, com a queda do muro de Berlim.
Muitos dos congressistas laranjas não deixarão de relembrar, para quem tem a memória curta, o significado e a importância de ser herdeiro do ideal social-democrata com que Francisco Sá Carneiro animou o PPD/PSD, colocando a política ao serviço da pessoa humana.
Sinceramente, espero que este congresso de Mafra seja realmente extraordinário e fique recordado como a aurora de uma nova era e os primeiros Passos ( de um Partido ) Sem Demagogia.
Portugal precisa de coragem e de uma revolução mental em que os valores morais de justiça, mérito, responsabilidade, de solidariedade, de democracia e de cidadania participativas sejam as pedras basilares um programa de governo e de uma ação política regenadora do desígnio nacional.
Portugal não perdoará ao PSD se as guerras intestinas das suas mentes assassinas - gangrena do partido - não forem extirpadas de vez.
Como cidadão exigente, cá estou para, depois, erguer a minha voz e dizer o que me vai na alma. Deus e a pátria até lhes poderão perdoar, mas eu jamais!
É uma questão de honra e de dignidade !
LMP - Luxemburgo, 13-03-2010
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