terça-feira, 30 de março de 2010

Portugal: reciprocidade de DIREITOS e DEVERES !!!

Dentro de mim guardo a " Esperança " de um dia ver um político cheio de coragem e tenacidade para falar verdade e mudar essa mentalidade tacanha, mesquinha e parasita que não deixa Portugal sair da cepa torta!

Com a " revolução dos cravos " pensei que o nosso país se emancipasse e exercesse a Liberdade com responsabilidade, mas uns meses bastaram para perceber que os " capitães " de Abril eram mais tacanhos, mesquinhos, parasitas e " boçais " que os políticos que quiseram substituir.

Pelo menos com os " fascistas " havia um desígnio nacional, um legado que era imperioso salvaguardar! Com os " democratas ", aprendizes de feiticeiros e aspirantes a " ditadores " proletários, surgiu uma corja de otários e sansessugas que, erguendo o punho cerrado " e repetindo a gargantas despregadas " o povo unido jamais será vencido ", soube manter-se na crista da onda revolucionária até se infiltrar sorrateiramente, quando não foi à força, nos poleiros do poder.

O povo nunca soube como usar a liberdade porque ninguém lhe mostrou, como o exemplo, onde ela começa e onde termina. É por isso que, desde 24 de Abril de 1974, que as " exações e as traições " não páram de proliferar, perante a indiferênça de quem perdeu o norte e não sabe distinguir o bem do mal.

Hoje, mais do que nunca, Portugal precisa de eliminar de vez a mentalidade mesquinha e parasita, para acabar com a corrupção e restabelecer os valores do mérito, da exigência, da responsabilidade, da igualdade e, sobretudo o primado da reciprocidade dos DIREITOS e dos DEVERES.

Nenhum português poderá esquecer ou ter a ilusão que poderá ter rendimento sem trabalho, vivendo assim à custa dos outros; nenhum português deverá ter ajuda da sociedade sem trabalho ou sem fazer algo para merecer tal gesto de solidariedade; também ninguém deverá esquecer, quando entra no mundo do trabalho, que jamais poderá receber uma pensão sem contribuir para ela e a sua reforma será a que ele, efectivamente, terá amealhado e construido ao longo da vida activa; nenhum português poderá sentir-se impune e imune à justiça e ao castigo por danos causados ao bem comum e para começar, nemhuma criança poderá crescer sem saber os limites do bem e do mal e das consequências benéficas ou nefastas dos seus actos na escola, na família e na sociedade.

Disciplinar e moralizar o Estado é, para começar essa revolução mental, a condição sina qua non do nossa salvação e da libertação dos fardos que não nos deixam cumprir o nosso desígnio nacional: sermos um povo próspero e humanista, capaz de lutar pela realização dos nossos sonhos sem destruir os dos outros.

Como já disse, matéria prima até temos - e os portugueses de sucesso provam-no - , mas faltam-nos políticos audazes, moralmente irrepreensíveis e homens corajosos para fazer cimprir a lei e acabar com a " vadiagem gangrenosa " que está a minar as instituições que alimentam a " nomenklatura apparatchik " da pátria portuguesa.

O exemplo e a exigência tem de vir de cima e de quem foi eleito para servir.

Se esses políticos não quiserem ou não forem capazes, referende-se ou revolucione-se Portugal.


LMP - Luxemburgo, 30-03-2010

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