Há dias, opinando num forum, alguém, sabendo que eu vivo no Luxemburgo, me perguntou porque razão o nosso país está no 27º lugar do raking do índice de desenvolvimento e o Grão-Ducado em primeiro.
Eu respondi que muita dessa prosperidade se deve aos portugueses que aqui trabalham. Aliás, se a nossa elitica é tão bem recebida pelos responsáveis deste país não é pelos seus lindos olhos ou pelo orgulho que eles possam ter de Portugal - como parceiro de casamento europeu - mas pela imensa gratidão e pelo respeito que sentem pela comunidade lusitana, sobredo a primeira geração, que para aqui veio.
Homens e mulheres humildes, mas de carácter e de abnegação ímpares, que vieram dar a muitos indígenas deste ducado a possibilidade de subir na hierarquia social e desfrutar de um nível de vida inimaginável.
Se Portugal continua o país adiado e o paraiso perdido, condenado a desaparecer do mapa, é porque tem uma elite boçal, pedante, sobranceira, arrogante e verdadeiramente filha e herdeira das porcarias que a ditadura possuía.
Matéria prima e da boa Portugal sempre teve, basta recordar as lutas pela independência e a explusão da moirama dos Algarves, trezentos anos antes de Granada; depois, foi assim com a descoberta e a conquista dos mares, onde meio mundo que chegou a ser nosso, também foi assim com a reconstrução pombalina depois do fatídico e demolidor terramoto de 1755 e, mais tarde, depois dos desmandos dos " boçais " republicanos, quando um professor de economia, de reconhecido mérito, teve que meter mãos à obra, disciplinando o povo, saneando as finanças públicas e desenvolvendo Portugal segundo as suas posses.
Apesar de tudo, e porque a europa da sua época era ditatorial e ele não tinha o poder que lhe atribuíam, Salazar provou ser um estadista, um servidor da Nação e defensor da Unidade e da Independência nacional, contra o nazismo de Hitler, contra o capitalismo Americano e contra o terrorismo instigado pelo Imperialismo soviético e executado pelos seus sequazes escondidos nos matagais das colónias.
Não foi perfeito em tudo e " errou ", mas defendeu a pátria e não era corrupto como os meninos - boys - que o povo vai elegendo legislatura após legilatura.
O que reza nas páginas da História - corrigida à pressa pelos anarquitas e pelos marxistas, é outra coisa, como muito diferente será o que se escreverá nas páginas da História portuguesa sobre as elites que há 36 anos andam a saquear a república e a arrastar o povo por maus caminhos, que, inevitavelmente, lançarão a pátria no abismo.
E a pátria somos nós, seus filhos ! Estamos tramados, se não reagirmos!
Há dez anos, quis também falar sobre os " cromos políticos " mundiais, que, graças à benevolente irresponsabidade e permissividade das democracias, se tornaram os cancros do erário público, saqueando numa legislatura o que uma geração levou a amealhar.
Mas que democracia mais madrasta e meretriz esta que o ocidente quer vender aos povos das arábias donde sai ouro negro aos barris?!
Hoje, os povos do mundo, estão perante um dilema: ou continuam a " demitir-se " cobardemente das suas responsabilidades cívicas e a deixar-se roubar descaradamente pelas suas elites e a aceitar as suas lavagens cerebrais ou assumem o seu próprio destino, enquanto é tempo, chamando à pedra estes " traidores " e estes " boçais " todos.
LMP - Luxemburgo, 08-05-2010
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