segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quem tem medo da Justiça ?

Caros compatriotas,

pode Portugal dar as voltas que quiser e até eleger Homens que abdiquem dos seus salários, verdadeiros Ministros - aquele que serve - no sentido etimológico da palavra, mas enquanto a Justiça não for implacável para com os corruptos, os ladrões, os sonegadores de impostos, artífices de estratagemas e maroscas que lesam o Estado, os subsídio-dependentes, ou os interesses instalados e os direitos usurpados, nada mudará no nosso país.

Mais que a legalidade, é a MORALIDADE que confere eficácia e legitimidade à Lei.

Como é o exemplo quem mais educa, chegou a hora de resgatar os PELORINHOS e de neles pregar aqueles que iludiram, desmembraram, enganaram, trairam, saquearam, endividaram, violaram e obrigaram a Pátria a vender-se, como uma vulgar meretriz, mãe de mil e um chulos!

É uma questão de Honra e Dever Nacional !

A Justiça tem que meter medo, porque é o medo que guarda a vinha!

Imaginem os milhares de senhores e doutores, ditos homens honrados e de bem, desmascarados e exposto nas praças públicas com os bens arrestados!

Mais que as palavras, as boas intenções, seria uma Justiça assim que poria fim à vilanagem e mostraria ao povo o caminho da honradez e da responsabilidade.

Como sabem, o mal desta democracia podre e de má vida começou com a boçalidade de Abril e irresponsabilidade dos democratas feitos a martelo.

Aos desmandos iniciais, normais para uma revolução, que compreendo e até perdoo, porque naqueles tempos se lutava por ideiais, seguiu-se o assalto às chefias do Estado pelos governos sucessivos e os " simpatizantes e apoiantes " dos Capitães que sonhavam com uma República Popular, servida cegamente por um proletário robotizado e uma nomenklatura que vestia a fatiota de cutim para melhor iludir o povo e viver à custa do dito cujo em Datchas de marfim.

Nesses anos, que conduziram à descolonização e à primeira intervenção do FMI, Portugal foi uma terra sem Lei que viveu sob a ameaça e à  mercê das arbitrariedades dos mentores da ditadura do proletariado e dos seus capangas, capitães, coroneis, generais ou simples boçais.
A irracionalidade tomou conta de muito boa gente, de muito ingénuo e " governos provisórios " foram derretendo as mais de trezentas toneladas de ouro que o previdente Salazar, apesar da dispendiosa guerra colonial, conseguira amealhar, depois de meter as contas e o povo na ordem, salvando a Nação da bancarrota e mantendo a nossa Independencial nacional intacta e inviolável.
Mais tarde, o astuto ditador também nos livrou da guerra, mas disso já ninguém se lembra.

Contudo, o verdadeiro assalto aos cofres do Estado começou a ser planeado em 1987, depois da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva, porque é Poder quem mais corrompe. 
Assistiu-se, entao, à transmigração ideológica de maoistas, de troskistas e de Estalinistas - Durão Barroso, Pacheco Pereira, Zita Seabra e muitos mais - para a social-democracia, ou o socialismo da gravata e do colarinho branco. 

Esta  foi a primeira " facada " na reputação do deus cavaco, porque a conversão miraculosa " dos diabinhos vermelhos " marca a génese e a eclosão da pouca-vergonha, da traição e do oportunismo político, vulgo chico-espertismo e do clientelismo ordinário.

Não admira pois que, com a chegada dos Fundos da CEE, o país se perdesse em ociosidades e começasse a viciar-se na vida fácil, sobrando-lhe tempo para engendrar as mais pérfidas maroscas. 
Foi como no tempo da 2ª Guerra Mundial, aquando da corrida ao volfrâmio, como ouvi na minha adolescência, em que os novos-ricos chegaram a fumar e a limpar o cú a notas de mil réis. 

Todavia, foram, indubitavelmente, os engenheiros Guterres e Sócrates que ultrapassaram todas as Fronteiras e bateram todos os recordes de despesismo, de consumismo e de imoralidade. Boys depravados, tais lobos de dentes aguçados, retiraram escandalosamente o seu quinhão de obras faraónicas - Expo 98, Euro 2004, Scuts, Pontes - PPPêS, Fundações, Institutos e mil e um subterfúgios para sugar o erário público e endividar impunemente o país pelas próximas gerações. 

E ninguém ousou opor-se a tamanha vilanagem! 
Até a face oculta perdeu o medo e a vergonha!
Foram desvios de milhões por tudo e por nada!
De repente, o novo-riquismo começou a pavonear-se indecorosamente na praça pública, de meretíssimos juízes, digníssimos políticos, ilustríssimos empresários, a impolutíssimos  funcionários e a diligentíssimos " paquetes " partidários.

Entretanto, o polvo monstruoso, reforçou os seus tentáculos e foi se prevenindo e blindando contra eventuais ações judiciais, caso as suas felonias fossem descobertas e provadas judicialmente.

De 1995 a 2011, anos da quase absoluta " ditadura xuxalista ", Portugal viveu num mundo cor de rosa e deixou de ser realmente um Estado de Direito. 

Quem tem medo da Justiça? 

Os zés Ninguém, porque quem é ALGUÉM, e tem " amigos " entre os crápulas que vilipendiaram Portugal, nunca irá para a prisão, a menos que a Lei de Talião esteja na génese de uma revolução sanguinária.

Ou a Justiça urge ou ocorrerá o ajuste de contas final!
Acreditem: já faltou mais !


Luís Macedo Martins Pereira - Luxemburgo, 24 de Setembro de 2012 

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