domingo, 15 de novembro de 2009

PROSTITUTOS e ALMEIDAS DO REGIME !

Começo a não estar só e a não ser único a ter a " coragem " de denunciar os " putos " que andam a brincar com a Dignidade de Portugal.
Acabo de ler uma crónica de alguém que cuja frontalidade nunca se compadeceu com padrinhos ou cálculos políticos: o prof. Moita Flores !


15 Novembro 2009 - 09h00

Impressão Digital: Prostitutos !

Talvez nunca se tenha vivido, desde o 25 de Abril, uma atitude de tanto sarcasmo, ironia e desconfiança.
Instalou-se, informalmente, na comunicação social portuguesa um programa de justicialismo cujos resultados estão à vista.

Talvez nunca se tenha vivido, desde o 25 de Abril de 1974, uma atitude de tanto sarcasmo, ironia e desconfiança como aquele que os senhores do poder conseguiram montar contra o sistema judiciário.
Por mais esforços que centenas de polícias, de procuradores e de juízes possam fazer para entregar dignidade à sua profissão, a traficância de informação entre gente que vive no meio judiciário, na comunicação social e na política tornou-se num verdadeiro prostíbulo.

Uma realidade sórdida onde os diferentes actores políticos procuram contaminar a Justiça.
Um mundo sinistro de personagens sinistras do sistema judiciário que libertam informações, ou meias informações, verdades, ou meias verdades, condicionando a vida pública e política.

Por outro lado, a comunicação social mistura, tempera, agita, coloca em lume brando, notícias apocalípticas que, em lume brando, desfazem vidas, destroem a honra e o carácter dos visados.
O segredo de justiça já não passa de um arroto.
A falta de decisão judicial em vários processos arrasta-se e arrasta Portugal para a lama.
A pretensa moralidade de comentadores comprometidos ou avençados tempera o resto.

Quando o País se torna governável à luz do boato ou da notícia do dia, deixou de haver Governo, deixou de haver Oposição, deixou de haver política na sua maior nobreza para emergirem graves personalidades, botando discurso beato sobre a intriga, desleixados das suas obrigações.

Governe quem deve governar. Faça Oposição quem a deve fazer. Investigue quem tem competência para investigar.
Mas, sobretudo, é preciso que ganhem vergonha na cara e cumpram as suas obrigações para com o País.

É para isso que lhes pagamos. E, já agora, que a justiça seja séria e julgue, em vez de mandar julgar na praça pública.
A mediocridade já foi longe demais, cheira a podre e a indignidade.
Não é com esta prostituição moral que o País sairá da crise.

Francisco Moita Flores, Professor Universitário


Afinal no Correio da Manhã há quem não tenha medo dos Coelhones e tanti altri Valentones do partido cor-de-rosa. Bom, posso dormir descansado, que lá no burgo, parece que ainda muita gente com tudo no sítio e pouco faltará para o barril de pólvora fazer saltar pelos ares os " pirómanos " da política portuguesa.
Mas que trauliteirada!


16 Novembro 2009 - 09h00

Estado do sítio: Almeidas do regime!

Grandes almas, grandes homens estes que zelam de dia e de noite pelo pântano. Social, económico, político e judicial.

A normalidade e a tranquilidade estão prestes a regressar ao sítio. Depois de uns dias de grande agitação e de muita excitação, as autoridades do costume arregaçaram as mangas, puseram-se ao trabalho e, imagine-se, sacrificando um dia de merecido repouso, vieram dizer aos indígenas que podem ficar descansados, discutir à vontade o destino da selecção nacional e começar a preparar o Natal de todas as compras e hipocrisias.

Tudo bem, portanto. Pelo meio há umas coisinhas sem qualquer importância que o vento do Outono há-de levar para bem longe. Nada de relevante. Afinal, no meio de muita sucata, parece que aconteceram umas conversazinhas pouco edificantes que uns espiões políticos a soldo de uma qualquer força oculta, nacional ou estrangeira, sabe-se lá, puseram a circular para afectar a imagem do sítio e dos seus excelsos governantes. Esses terríveis espiões, que obviamente já têm o seu destino traçado, com um longo e merecido castigo, tiveram até o topete de desconfiar que o senhor presidente relativo do Conselho tinha cometido um atentado contra o Estado de Direito, crime punido até oito anos de cadeia. Almas venenosas, perversas, sem vergonha, que ousaram escutar e emitir certidões em que davam conta das suas suspeições.

É evidente que tal comportamento é inaudito, inadmissível e feriu os mais profundos sentimentos das almas que zelam, de dia e de noite, pela paz social e pelo bom-nome do senhor presidente relativo do Conselho. E assim, antes que seja tarde e a insídia chegue aos ouvidos dos indígenas, vá de destruir tais escutas e enterrar o mais rapidamente possível este triste e lamentável caso que enlameou uma das mais altas figuras do Estado. O sítio, manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios, recheado de mentirosos e obviamente cada vez mais mal frequentado, vai rapidamente retomar a sua vidinha triste e cinzenta. E as autoridades do costume vão imediatamente tomar as medidas necessárias e suficientes para impedir que algum espião perverso ao serviço de forças ocultas possa mais alguma vez perturbar os negócios, os arranjinhos, as vigarices e os tráficos de influência das mais altas figuras do Estado de Direito. É caso para dizer que o sítio não tem presente, não tem futuro, mas tem almeidas competentes e eficazes que no momento certo varrem o lixo para as profundezas do Inferno. Grandes almas, grandes homens estes que zelam de dia e de noite pelo pântano. Social, económico, político e judicial.

António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter

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