quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Os males de Portugal

Muitas são as maleitas que levarão Portugal para uma tumba ignominiosa e pestilenta.
Há séculos que o país vive acima das suas possibilidades, tal " nobre " desonrado, arruinado e decadente com manias de grandeza.

Claro que, num país assim, os maus " vícios " da aristocracia serviram de exemplo ao zé povinho que jamais se privou de, como os senhores, tentar viver às custa dos outros. Obviamente, o casamento desses hábitos criou uma nova raça de meios homens e anões morais que vivem e fazem da esperteza saloia o troféu que mais gozo lhes dá.
Portugal assiste impávida e cobardemente à inversão dos valores e é a corrupção, a promiscuidade, a sonegação e o chico-espertismo quem mais ordenam.

Se o país tivesse uma cultura de exigência e de excelência; se a disciplina, o trabalho e o mérito fossem requisitos e motivos de orgulho e a honradez sacrossanta e inalienável, certamente que o povo português estaria num patamar bem mais elevado no grau de desenvolvimento humano e social.
Assim, não passamos de uns pobres coitados e de uns parasitas desevergonhados que se arrastam pelos bancos do mundo de mão estendida, como pedintes mal cheirosos e sem vergonha.

Como nessa pátria atribulada sempre houve filhos e enteados, escravos e senhores, santas e meretrizes, e, em determinados momentos, a promiscuidade acasalou os interesses díspares de tais castas, está tudo contaminado. Por isso, mais difícil se torna, nos tempos que correm, distinguir os bons dos maus, os honestos dos trafulhas, os trabalhadores dos parasitas e os santos dos pecadores. Em suma bestas e bestiais andam de braço dado, para desgraça nossa.

Nessas circunstâncias, e com tais vírus na alma impregnados, só nos resta fazer tábua rasa e limpar a torto e direito sem dó nem piedade, a menos que o povo esteja farto e passe desta vida para outra bem melhor, onde já não é preciso trabalhar, nem roubar ou enganar o seu semelhante.


LMP - Luxemburgo, 28-01-2010

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