Ser filho de um self-made man, de um herói ou de um génio é, para os fracos, um fardo demasiado pesado de suportar e a vida, pelo mundo fora, tem-nos mostrado casos de " herdeiros " que preferiram " suicidar-se ".
Proporções e paralelismos guardados e ressalvando as poucas excepções, constato que foi o que aconteceu a Portugal, cujos descendentes da Ínclita Geração e dos heroicos Navegadores que escreveram as mais belas páginas da Gesta Quinhentista se viram sufocados ou ficaram deslumbrados com a aura e a fama de tais patriotas.
A perda ou independência do Brasil marca o início da decadência nacional e nem o regicídio de 1908 e a imposição da República inverteram a marcha lenta para o abismo da pátria portuguesa. É que, ao conceder a independência às terras de Vera Cruz, o regime ficou sem autoridade nem legitimidade moral para manter escravas as restantes e as lutas e guerras que se seguiram seriam vãs e ilusórias. O Império ficou perdido para sempre.
Mais que a ruína é a perda de dignidade que acelerou a degeneração coletiva deste povo, muito por culpa dos anões morais e meios homens que o têm conduzido por maus caminhos.
Se o Estado Novo ainda o segurou por umas décadas, foi o advento da democracia e a cultura da irresponsabilidade personificada na pseudo Liberdade quem abriu as portas aos piores vírus da concupiscência humana.
Portugal e o mundo estão (des)governados pelas " corjas mafiosas " que se escondem sob o manto da legalidade democrática, aproveitando-se da passividade, da permissividade e da cumplicidade dos pilares dos Poderes Estabelecidos.
A democracia dos partidos é um logro e um embuste, porque o poder económico se sobrepõe aos demais e impõe das regras do jogo sujo e das intrigas palacianas, corrompendo e manietando quem ousa lhe fazer frente e quem age e vive segundo os verdadeiros valores da existência.
Perdida a Dignidade e traído o desígnio nacional, os portugueses usam e abusam da Liberdade para ostentar a arrogância e a petulância com a irresponsabilidade que a lei e os maus costumes lhe concede.
Até quando?
LMP - Luxemburgo, 9-12-2009
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