domingo, 20 de dezembro de 2009

Um profeta para o país da boçalidade, da promiscuidade e do miserabilismo institucional(izado) !

Como testemunha viva de Abril e dos desmandos da revolução, nem por um segundo tive dúvidas de que a Liberdade, tal como foi " presenteada " ao povo escravo, seria pior que a ditadura mole que era a de Marcelo Caetano. Pior era a de Espanha e até o ditador Franco preferiu entregar o país ao " rei " que a um dos seus generais.

Não fosse a guerra no ultramar e uma " aprendizagem " tranquila da Democracia teria sido bem mais benéfica. Só que a " revolução " de abril foi feita por pseudo intelectuais que no fundo não passavam " ditadores " e de boçais incompetentes e incapazes de " ensinar ", pelas palavras e pelos actos, a verdadeira exigência da Democracia e da Liberdade, onde o respeito e a responsabilidade devem ser as pedras basilares.
Disciplina não é ditadura, mas sim exigência da responsabilidade, coisa que Portugal não tem há 35 anos e por isso está a pagar caro o " laxismo " e o " facilitismo " com que os " capitães " lhe embrulhou a Democracia dos Cravo(a)s.

Hoje sabemos que esses maus " usos e costumes " - feitos de futilidade, chico-espertismo e irresponsabilidade - dificilmente serão endireitados sem uma revolução muito maior, porque vai mexer com a mente dos " desmiolados " doutorados pela Abrilada da boçalidade e da promiscuidade e mentores do miserabilismo institucional(izado).

Mas é possível, urgente, imperiosa e condição " sina qua non " da salvação do país das descobertas e do pioneiro da globalidade. Diz-se que ninguém é profeta na sua terra, mas Portugal deve encontrar um e bem depressa ou, então, entregar-se a Espanha ou à sacrossanta e providencial Europa.
Caramba, o que é isso para quem afrontou Adamastores e conseguiu ser dono de meio mundo?!

Eu sei que a mudança pode e deve fazer-se porque há 35 anos que assisto à metamorfose de milhares de portugueses boçais e armados em chicos-espertos em Homens responsáveis e disciplinados, aqui no Luxemburgo, país sobre o qual Portugal deveria inspirar-se para, uma vez por todas, se assumir como " nação " vertical, deixando de rastejar e de mendigar favores, como um miserável latado e sem vergonha que anda pela Europa e pelo mundo a meter nojo!


LMP - Luxemburgo, 20-12-2009

ARTIGO DE OPINIAO RETIRADO DO EXPRESSO
Somos ingovernáveis?
De onde vem esta obsessão pela maioria absoluta como única forma de governar?

Henrique Raposo - 11:40 Domingo, 20 de Dez de 2009

O caos está instalado. Num quadro de governo minoritário, a elite política portuguesa prova mais uma vez que não sabe fazer política na base da negociação. A política, em Portugal, sempre feita através da imposição de uma vontade. E daí nasce essa aberração da cultura política portuguesa: a maioria absoluta, dizem, a única forma de governar. Que bela cultura democrática.

Mas de onde vem esta aberração? A resposta está nos últimos 200 anos da nossa história. Em Uma História da Violência em Portugal de 1834-1851 (Tribuna da História), Fátima Bonifácio recorda uma coisa: depois da guerra civil oficial entre miguelistas e liberais, Portugal conheceu uma guerra civil oficiosa (1834 e 1851) entre a esquerda (os setembristas) e a direita (os cartistas) do liberalismo português. Neste período, as mudanças de poder nunca ocorreram de forma normal, dentro das regras institucionais. Essas mudanças assentaram sempre na violência política. Ninguém estava interessado em desenvolver hábitos de negociação dentro de um quadro institucional partilhado por todos.

Após 1851, Portugal conheceu um período de relativa estabilidade, que durou até 1890. Mas foi só isso. Entre 1890 e 1910, a instabilidade regressou em força com a Monarquia Constitucional. E, depois, tivemos um longo Inverno político, composto pela I República e pelo Estado Novo, dois regimes que assentaram no desrespeito pelas regras institucionais de uma sociedade livre. Portanto, até 1974, Portugal teve apenas 30 anos de alguma normalidade dentro de um quadro institucional respeitado por todos. Tirando esses 30 anos, a nossa política passou sempre pela imposição da vontade do mais forte. E, como natural, 30 anos de democracia não chegam para tirar esse veneno maioritário do nosso ADN político.


NB: cada vez me convenço mais que só a ditadura tem resposta para os boçais que não sabem governar sem maioria absoluta e na mais cúmplice e conivente impunidade do PODER JUDICIAL - o verdadeiro lambebotas do PODER POLÍTICO !!!
LMP - Luxemburgo, 20-12-2009

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