sábado, 3 de outubro de 2009

Nós e os políticos: todos corruptos ! ( Dez - 2000, repassando )

Mais que o Tempo, é o Poder quem melhor corrompe porque, corroendo até ao fundo da alma, tem o condão de conceder a imortalidade aos vírus da concupiscência animal, que são a antítese da essência e da dignidade Humanas.
Ora, ninguém, melhor que os políticos, incarna tal Poder corruptor e, obviamente, os portugueses não fogem à regra, por mais cruzes que beijem e água benta metam na mona endemoninhada, porque, infelizmente, ao longo dos séculos, o diabo teve Tempo, mais que suficiente, para perverter e carregar com ele os mais sagrados pensamentos, e é por isso que o povo diz que de boas intenções está o Inferno cheio! Pois, é precisamente por isso que o povo nunca sai da cepa torta: diz uma coisa e faz outra, como os políticos que elege, cegamente e vezes sem conta, para ter sempre um bode expiatório para as suas desgraças.
Assim agindo, o povinho vai levando a água ao seu moinho, porque não tendo engenho e bestunto para pretender e ascender a tão famigerado Estado, obriga os políticos a espelhar-se nele e vice-versa, logo a conclusão é óbvia: cada povo tem os políticos e o governo que merece !
E haverá maior sabedoria que a popular? Seguramente que não!
Bom, se o Poder está em Estado de corrupção globalizada, como evitar a putrefacção generalizada, e os efeitos colaterais de tais metástases cancerígenas? Nestes casos, diz a sabedoria popular, corta-se o mal pela raiz, nem mais nem menos! E alguém me poderá dizer onde se encontra a raiz de tal Poder Corruptor? O quê?! No povo?! No próprio?! No dito cujo?! Ó diabo! Aqui é que a porca torce o rabo!!!
Ora deixem-me ver! Se nego o Poder ao Povo, acabo com a Democracia e..., não, isso não, que a Ditadura é de má raça e vem caindo em desgraça! Bom, se amputo o Poder do Estado, ficará tudo estragado, porque o Povo andará por aí sem rei nem roque, a reboque dos pregadores da globalização, que são anjos do diabo, visto que o tal o monstro, de quem tanto se fala na actualidade, é o fruto dos amores promíscuos e contra natura do Comunismo e do Capitalismo. Nem mais nem menos! É que à força de tanto querer aniquilar o segundo, o primeiro acabou por ceder aos encantos do inimigo e cavar a sua sepultura com um maquiavelismo tal que, sabendo-se condenado, transmitiu, in extremis, o Sida ao seu opositor, para, como a Esfinge, renascer das cinzas e, ressuscitar (in)gloria(mente) no dia da bem aventurada globalização. Assim morrendo, o materialismo purificou-se e triunfará, infalivelmente, enquanto que o outro, vitorioso se julgando, se contaminou irremediavelmente.
À força de pactuar com a guerra fria, ao Diabo a alma foste vendendo e, concupiscente, nos lençóis do Comunismo infame engendraste a hidra que te sugará o sangue, Capitalismo herético! Vendida a alma ao diabo, só te resta a condenação eterna para rimar com a globalização, ou, se preferires com a futilidade de tão iníqua felicidade.

Bom, por hoje, basta, até porque nesta eleição, que se avizinha, tal como nas que já la vão, bruxo não será preciso ser, para antever uma vitória da abstenção, porque há muito que o coitado do povinho, para levar a água ao seu moinho, instalou a corrupção no coração. Pelo menos, esta é a minha opinião!


LMP - Luxemburgo
Escrito em Dezembro de 2000, antes da reeleição de Jorge Sampaio, em 14-01-2001, à Presidência da República Portuguesa

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