segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O jornalismo " bulldog " de Portugal !


Na ditadura, poucos eram os jornalistas que tinham espinha dorsal e defendiam realmente a Liberdade - como valor sagrado e inalienável - , agora, com a pseudo democracia que temos, a grande maioria, quando não alinha pelo diapasão do jornalismo " faits-divers " e " promíscuo ", arma-se em " bulldog " raivoso e sem escrúpulos.

É assim, nesse bananal que um dia deu ao mundo humanistas corajosos e intrépidos descobridores, provando que, tal como os homens, os países também não se medem ao metro quadrado de superfície, nem, muito menos, ao número de soldados ou de ogívas nucleares...

O episódio das " escutas ", em que o Presidente foi " injuriado ", julgado e condenado sumariamente, a dita comunicação social em geral e os opinadores em particular, comportou-se como um abutre esfomeado, que, julgando a presa fácil e moribunda, a esventrou até à alma.

Este jornalismo " faits-divers " e fretes de Portugal, é, obviamente, o espelho e o eco dessa classe política sem escrúpulos nem valores morais, que se tornou cúmplice da destruição de um país, refém de um passado demasadiado pesado, que prefere os " fantoches " reinantes e os vendedores da banha da cobra, aos Homens que não têm medo de cair do pedestal e morrer por Portugal.

Uma república assim, melhor seria se morresse hoje, no dia do seu 99º aniversário,e com ela levasse todos os parasitas que à custa dela vegetam. A co-incineração dessa escumalha seria uma óptima solução.

Quanto a mim, há muito que decidi viver longe de uma república de bananas assim, mas tenho pena, porque a democracia parida em Abril era dígna de melhores políticos, porque os actuais são um ultraje à História de Portuga.
Mas, se cada povo tem os governantes que merece, então está tudo dito e justificado...

Ainda bem que em 1976 renunciei a essas vãs glórias que me predestinavam e vim construir a vida sobre os valores de Respeito, Dignidade, Trabalho, Solidariedade e Honra que a minha mãe me inculcou no berço e me mostrou ao longo da adolescência e da juventude, passada lá no meio da aridez transmontana que moldou o meu carácter e forteleceu o meu querer.


LMP - Luxemburgo, 05-10-2009

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